A Fé e o copo meio cheio e meio vazio

Há uns posts anteriores eu compartilhei sobre a fé e o nosso posicionamento frente aos obstáculos que se apresentam em nossas vidas e a nossa dificuldade em crer, independente daquilo que estamos vendo. Realmente é muito difícil não nos deixar levar pelos nossos sentidos e confiar na palavra que Deus liberou ou simplesmente crer nas verdades que ouvimos a respeito dEle.

Enquanto estava finalizando aquele post, muitas coisas mudaram em minha vida. Estou passando pelo meu momento de puerpério e não tenho outra palavra que define melhor esse tempo do que GUERRA (acredito que todas as mães se identificarão). É um momento muito delicado, mas todos os dias Deus tem falado ao meu coração de maneiras diferentes. Gostaria de compartilhar com vocês aquilo que Ele ministrou a mim.

Eu intitulei aquele post como “A fé é para o meio” e uso dois textos para exemplificar a diferença de quando andamos pela fé e quando andamos por aquilo que vemos, Mc 4: 35-41 fala sobre a tempestade que os discípulos e Jesus enfrentaram na travessia do mar da Galileia e Mc 5: 25-29 relata sobre a mulher do fluxo de sangue. Deus, durante esse tempo difícil no qual estou passando, me fez ver algo muito interessante nessas passagens: o tamanho da nossa fé dita sentenças em nossa vida. 

Existe uma frase muito comum nos dias atuais, ela é mais ou menos assim: “o copo pode estar meio cheio ou meio vazio, depende do seu ponto de vista.” Essa frase cabe perfeitamente para aquilo que Deus ministrou a mim, deixe-me explicar.

Leia comigo os dois textos citados acima:

“Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem. E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco, e outros barcos o seguiam. Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro, eles o despertaram e lhes disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? E eles, possuídos de grande temos, diziam uns aos outros: Quem é esse que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc 4: 35-41)

“Grande multidão o seguia, comprimindo-o. Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior, tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do flagelo.” (Mc 5: 25-29)

Esses dois textos falam sobre fé e como nossos sentidos, principalmente a visão, interfere no nosso posicionamento frente às dificuldades que se apresentam diante de nós. Quando a tempestade começou a açoitar o barco, faltou fé para os discípulos, porém quando uma multidão separava aquela mulher de Jesus, sua fé foi acionada, rompendo as barreiras e alcançando seu milagre. Mas, o que Deus me fez ver nesse tempo foi a palavra que a mulher e os discípulos liberaram, a sentença tanto destes quanto daquela foi o resultado do tamanho da sua fé frente à situação em que estavam vivendo. Observe as palavras que os discípulos usaram para falar com Jesus: 

“E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro, eles o despertaram e lhes disseram: Mestre, não te importa que pereçamos?”

Naquele momento, para aquela situação, os discípulos interpretaram que o copo estava meio vazio, e que não tinha muito que fazer, provavelmente morreriam. 

Agora observe as palavras da mulher quando se deu conta do obstáculo que precisaria atravessar até chegar a Jesus:

Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada.

Para ela, independente daquilo que estava vendo, o copo estava meio cheio.

Foi exatamente nesse ponto que Deus ministrou ao meu coração. Assim como os discípulos e a mulher do fluxo de sangue, também estou passando por um momento muito delicado e por uma mudança profunda em minha vida, porém não posso esquecer que Jesus está no barco, ou que Ele está logo alí, depois da multidão. No entanto, para eu atravessar esse período, minha fé precisa está ativada, pois dessa forma minha visão natural dará lugar a minha visão espiritual e chegarei a conclusão de que o copo está quase cheio, como aquela mulher.

Momentos difíceis sempre chegarão e dependendo de como vamos enfrentá-los, teremos a oportunidade de crescer em fé ou não, tudo dependerá de como vamos enxergar o copo: meio cheio ou meio vazio. Espero que de alguma forma esse post possa ministrar ao seu coração.

Um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *